O dia não era brilhante em nós. Mas aí veio o brilho do concreto miudando os olhos. Depois, nem sei como, conseguimos ver os brilhinhos das pedrinhas vendidas por seu Durval. E eles eram só pistas para o brilho de seu Durval, que também achou brilho na gente. E cientes de que encontro de brilhos anda difícil, gastamos conversas, conselhos, idéias, promessas de reencontro.
Saímos dali com a sensação de micromilagre, de gente que se amiga à toa, que se deixa esbarrar, que vê pedrinhas, para ir à banca ao lado buscar brilhos encilindrados. Levamos 6 ou 7, e um deixamos com seu Durval.
A cara era, primeiro, de quem não acreditava ter ganhado presente. Depois, de quem não acreditava no presente que ganhou. O brilho do olho, só o caleidoscópio via. Mas a gente imaginava a boniteza, porque do olho fechado brilho escapava. Até aquele dia, os cilindros que estavam na banca ao lado passaram e foram passados por seu Durval sem nunca terem se inteirado um da existência do outro.
O dia já era brilhante em nós. Saímos com a sensação de micromilagre.
sonhei seu durval sabido porque ele usou presente-dado no presente-recebido: disso veio a "sensação de micromilagre".
ResponderExcluirLindo, né?!
ResponderExcluirFeliz da sua conversa com a gente :)